Motocross Feminino: conheça a história, principais campeonatos e atletas

O Motocross Feminino está, a cada ano, angariando novas atletas e um público cativo. Mesmo com inúmeros obstáculos para a criação e consolidação da modalidade feminina, o esporte já possui grandes lendas e revelações.

Quer conhecer mais sobre a história do Motocross Feminino? Então, acompanhe este texto e entenda como o esporte iniciou, quais são os principais campeonatos e atletas. 

Como começou o motocross feminino

Afinal, quando surgiu o motocross feminino? A modalidade feminina não nasceu de um dia para o outro. Na verdade, foi fruto de muita luta pela inserção da mulher no esporte.

O motocross como modalidade se consolidou na década de 1920. Contudo, as mulheres não disputavam o esporte. As primeiras ligas femininas só apareceram nas décadas de 1950 e 1960, depois de muitas movimentações das pilotos.

Porém, mesmo assim, a mulher no motocross sofria muito preconceito. Um caso emblemático foi o de Kerry Kleid, que obteve a licença de piloto profissional nos Estados Unidos em 1971. A ficha de inscrição não tinha distinção de gênero.

O problema se deu quando ela foi para a primeira competição, em 1971, em Unadilla, nos EUA. A organização do campeonato proibiu a entrada de Kerry por ser mulher.

Diante desse impedimento, Kerry buscou os direitos na justiça. Dessa maneira, a atleta obteve a licença para ser piloto profissional. E mais do que isso: mudou completamente as regras do Motocross Feminino nos EUA e outros países.

Dessa forma, foi criada a primeira competição feminina de motocross oficial e nacional dos EUA, a Powder Puff National Championship. Esse campeonato existe até hoje e é um dos mais prestigiados do esporte.

Contudo, a organização e a proliferação da classe feminina no motocross ainda levou décadas. Dois importantes avanços foram a criação da WML (Women’s Motocross League), nos EUA, em 1996, e a Associação de Motocross Feminino, em 2004.

Assim, as mulheres passaram a ser admitidas no AMA Pro Motocross Championship, a maior competição de motocross no mundo. Em 2005, tivemos o primeiro Campeonato Mundial de Motocross Feminino.

A classe feminina no motocross é conhecida no mundo pela sigla WMX. Dos anos 1950 para cá, diversos progressos foram realizados no esporte, inclusive a entrada de patrocinadores para atletas e competições femininas.

Motocross feminino no Brasil

No Brasil, os campeonatos oficiais para mulheres são relativamente recentes. A classe exclusivamente feminina do Campeonato Brasileiro de Motocross, o MXF, foi criada em 2010.

Desde então, presenciamos eventos inesquecíveis, coroando grandes atletas, como Mariana Balbi e Maiara Basso. Além disso, as mulheres podem disputar outras classes do Campeonato Brasileiro de Motocross, mas em meio aos homens.

Motocross Feminino

Pilotos do motocross feminino

Já conhecemos a rica história das mulheres no motocross. Agora, é o momento de saber a trajetória de grandes atletas do esporte. As conquistas dessas mulheres radicais são impressionantes e vão fazer você se interessar ainda mais pelo motocross!

Mariana Balbi

Mariana Balbi é sinônimo de motocross no Brasil. Não somente pelas vitórias, mas pela importante atuação no desenvolvimento no esporte. Mariana começou a competir no início dos anos 2000, quando não existiam competições voltadas exclusivamente para mulheres.

Ela foi ativa nas negociações para que mulheres pudessem participar da categoria MX3, voltada a homens com maior idade e experiência. Inclusive, um dos maiores feitos da atleta foi o primeiro lugar da etapa de Canelinha do Campeonato Brasileiro de Motocross, na mesma classe. 

A categoria feminina do nacional, a MXF, foi criada em 2010. E Mariana venceu o campeonato de motocross feminino em 213, logo quando retornou ao Brasil após uma temporada no exterior.

A representatividade internacional da piloto também é enorme. Entre os destaques, estão o segundo lugar em uma etapa do Women’s Motocross Association, em 2012, o maior campeonato feminino do mundo, além da conquista de ser a primeira e única mulher a pontuar e se classificar para o Mundial.

Livia Lancelot

A francesa Livia Lancelot também tem uma história de muita importância no esporte. Ela foi a primeira campeã do FIM Women’s Motocross World Championship, em 2008.

Desde então, Livia conquistou diversos títulos na França e na Europa. Em 2016, ela venceu novamente a categoria feminina do Campeonato Mundial de Motocross.

Ashley Fiolek

Ashley Fiolek tem uma trajetória meteórica e impressionante. Nascida nos EUA em 1990, Ashley começou a pilotar já com 7 anos. Dessa forma, ela se tornou um dos maiores prodígios do esportivo e um exemplo de superação, pois apresenta surdez desde o nascimento.

A carreira profissional de Ashley foi curta, mas avassaladora: no período de atividade, entre 2008 e 2012, ela venceu simplesmente 4 WMA. Além disso, conquistou outros títulos, como os X-Games. 

Após se aposentar das competições aos 22 anos, Ashley se tornou atriz e dublê. Apesar da carreira profissional curta, Ashley conquistou uma grande força midiática, angariando público para as causas do motocross e da surdez.

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