Quem inventou a moto: história e transformações

Após a criação da bicicleta, em 1800, inventores de todo o mundo começaram a formular projetos para uma versão automatizada desse modelo de transporte. Com a ajuda de máquinas disponíveis na época, eles produziram vários protótipos de motocicletas que abriram caminho para todos os modelos futuros. Já parou para pensar em quem inventou a moto?

Para entender a história de quem inventou a moto, é preciso entendermos a história da bicicleta. Primeiro vieram os modelos sem pedais, que eram impulsionados pelos pés do ciclista empurrando contra o chão. Depois vieram as rodas altas, também conhecidas como penny-farthing, com roda dianteira enorme e uma roda traseira pequena.

Bicicleta com motor?

Depois das bicicletas de rodas altas, inventaram uma mais segura, que oferecia rodas de tamanhos iguais e um conjunto de pedais para conduzir a roda traseira por uma corrente. Com o motor a vapor se tornando mais comum em usinas e fábricas, em 1800, não demorou muito para os experimentos para adaptar um motor a vapor em uma bicicleta começassem.

Então, como surgiu a moto? O primeiro experimento bem-sucedido de um motor a vapor leve com um quadro de bicicleta ocorreu em 1867, quando Sylvester Howard Roper juntou uma caldeira, um motor a vapor e uma bicicleta para formar o que mais tarde seria chamado “motocicleta”, se considerarmos a propulsão a vapor. Esse modelo ficou conhecido como Roper Machine.

Os experimentos continuam

Quem inventou a moto? Nas décadas seguintes, outros inventores criaram sua versão da Roper Machine; O engenheiro francês Louis-Guillaume Perreaux desenvolveu uma motocicleta a vapor de um cilindro com um queimador de álcool em 1871.

Já em 1881, o inventor norte-americano Lucius Copeland amarrou um pequeno motor de caldeira na roda traseira de uma bicicleta penny farthing, o que lhe permitiu atingir uma velocidade de 19 km/h. Apesar de sua inovação, nenhum desses homens é geralmente creditado com a criação da motocicleta quando pesquisamos a história da moto.

Quem inventou a moto número um?

Conforme a história oficial, quem inventou a primeira moto foi Gottlieb Daimler, em 1885, quando patenteou o projeto que é geralmente considerado a primeira motocicleta. Daimler é um pioneiro automotivo, geralmente associado à construção do primeiro motor de combustão interna bem-sucedido do mundo.

Gottlieb Daimler que ficou posteriormente conhecido por idealizar o primeiro automóvel, patenteou sua invenção no mundo das duas rodas um ano antes de desenvolver seu famoso automóvel. Embora a ideia não tenha sido originada com a Daimler, o que dá credibilidade à sua afirmação de desenvolver a primeira motocicleta “verdadeira” é o fato de ser movida por gasolina.

Surgem as primeiras motos

Desse modo, Gottlieb Daimler é o responsável pelo primeiro motor de combustão interna desenvolvido e aplicado em veículos com sucesso. A primeira motocicleta ficou conhecida como “Daimler Reitwagen”, sendo resultado de uma parceria entre Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach.

A “Daimler Reitwagen” era essencialmente um quadro de bicicleta de madeira com pedais removidos, alimentado por um motor de um cilindro. Após a invenção de Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, em 1894, a motocicleta de Hildebrand & Wolfmüller foi apresentada com um quadro e um tanque de combustível montado no interior dos tubos.

Começa a produção massiva

Na moto de Hildebrand & Wolfmüller, o motor era bicilíndrico. Hastes eram conectadas diretamente a uma manivela no eixo traseiro e usavam elásticos em cada lado externo dos cilindros. Era refrigerado por água e apresentava um tanque de água ou radiador embutido na parte superior do paralama traseiro.

Em 1895, a empresa francesa DeDion-Buton construiu um motor que possibilitou a produção em massa e o uso comum de motocicletas. Era uma ignição de bateria e bobina pequena, leve e de alta rotação de quatro tempos. A primeira motocicleta produzida nos EUA foi a Orient-Aster, construída pela Metz Company em Waltham, em Massachusetts, em 1898. 

E no Brasil?

A primeira moto produzida em solo brasileiro foi a Monark, em 1951, porém, com motor inglês BSA de 125 cm³. Em seguida, vieram três tipos mais avançados, que integravam propulsores CZ e Jawa vindos da Tchecoslováquia, além de um ciclomotor popularmente conhecido como Monareta.

Ainda na década de 1951, em São Paulo, surgiram as motonetas Lambreta, Saci e Moskito. Na mesma época, no Rio de Janeiro, indústrias começaram a fabricar a Iso, que era produzida com motor italiano (150 cm³), o Vespa e o Gulliver, com ciclomotor.

Agilidade e economia

Após a década de 1960, com a urbanização, o êxodo rural e o crescimento dos polos industriais, a indústria automobilística brasileira cresceu. O setor de motocicletas, porém, ficou aquecido mesmo na década de 1970, por conta da chegada de modelos importados da Honda, da Yamaha e da Suzuki, além de motos italianas e brasileiras, como a FBM e a AVL.

Hoje, a Yamaha e a Honda são os principais nomes do mercado de motos no Brasil. Portanto, desde o século XIX, as motocicletas evoluíram de um amontoado de peças desconfortáveis, ​​com motores improvisados, ​​para máquinas de intenso refinamento tecnológico e estético, espalhando-se por todo mundo como opções de transporte ágeis e econômicas.

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